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Quando chegas
trazes uma frase colada
a um poema antigo,
uma palavra perdida
num caderno esquecido
na gaveta da infância.
Quando eras criança conseguias ver o rio.
As ondas cresceram nos teus olhos
no rosto sombras e pássaros,
do rio nasceram casas, na pele
a luz de outras águas.
Do tempo dos anjos resta
o que sangro
as manhãs e a serenidade.
Não são corpos, nem imagens
nem viagens
mas asas, que levam ao centro.