fevereiro 17, 2004

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É só no sonho que ainda te encontro
por vezes, quase como se não conseguisse
escrever contra a morte e os buracos
que se tapam com outros buracos, por
tudo aquilo que só sabemos, por todas
as ilhas, pelo frio mais ao norte. É só
no sonho de ainda haver vida para lá
da terra funda, para lá do IP4, do olhar
perdido dos amigos, em volta.
Com a simples calma em que partes
e o silêncio que deixas, não vamos mais
estar juntos, sinto-o, como se não conseguisse
sentir mais nada. E mesmo que um dia voltes
sei que não és tu, por não te encontrares
à distância de um abraço ou de um beijo.