Moleskine - Travel Book 1
Saímos de Florença às 8:38, debaixo de chuva. Na viagem de comboio passámos por Bolonha. A paisagem é verde, montanhosa e molhada (chove sempre). Ao longo do percurso passamos por inúmeros túneis, como se não houvesse mais nada, escuro e verde e chuva. Viajamos na "carroza" 7 e quase todos os nossos companehiros são estrangeiros, japoneses, americanos, espanhóis. Já falta pouco para chegar ao destino: Veneza.
Paramos ainda em Ferrara, Rovigo, Pádua e Mestre antes de chegarmos ao terminal de Santa Lucia, precisamente às 11:35. Ao descer as escadas da estação tem-se a primeira impressão dos canais: a água espessa, verde/azul escuro, quase cinzento, suja, repleta de vaporetos e outras embarcações mais pequenas. Tem-se também a visão daquilo que a cidade é: um imenso mar de gente, larga demais para tanta rua estreita.
Até ao hotel são cinco minutos a pé, não há automóveis aqui mas o ruído é tão intenso como se houvesse. Faz frio, e as malas pesam na urgência de as largarmos para explorar mais facilmente esta sujidade entranhada nos prédios, que encanta não sei bem como. (continua)