abril 20, 2004

Naquela noite (voltara a sonhar com a livraria)


Entrava, subia e descia
lances de escadas intermináveis
que me levavam a lugar nenhum.
Espreitava os quartos vazios
e os corredores longos
exausta, deixava-me cair no chão
sujo de musgo e ervas.
E de repente, um cheiro a flores
lírios, beladonas, violetas.
O cheiro do mar cada vez
mais intenso, mais perto, e
era quando a neblina entrava
também neste lugar estranho
envolvia tudo,
deixando-me ainda mais sozinha.