julho 15, 2004

É sempre

em quantas dores se reparte um corpo que encontro o sinal, vegetariano, de que o deus pode ser mais plural, que a morte não é tão mortal nem que amar alguém ou algo que não morre seja possível. Tudo morre, até as pedras. Numa última redundância, tudo se transforma. Até a morte. Que nas últimas semanas se vestiu de uma proximidade assustadora. Talvez quando morrer o poeta eu pense de maneira diferente, ou nem isso. Quando me morrer alguém mais próximo, nem que seja pelo lado de fora.