Incondicionalmente
incondicional (adj. 2 gén., que não depende de condições, que não é condicional; absoluto, total.)
Antes de ter sido pai, faz hoje 21 meses, não sabia o significado desta palavra. Ou melhor, sabia, nunca tinha era experienciado o 'absoluto, total' que o dicionário me devolvia. Passo a explicar:
hoje sei o que é o amor incondicional, o que é amar incondicionalmente. Desde sempre que esta expressão me intrigou e, em conversas com amigos e outros nem tanto, alguns me diziam ser o amor por nós próprios incondicional. O único que realmente é puro, sincero e verdadeiro. Não me convenceu. Amar o perfeito e o imperfeito, pensava, mas passo a vida a corrigir-me, a passar borrachas por cima do que faço e sinto, e nem gosto assim tanto da minha imagem no espelho. Amor por mim próprio sim, incondicional não. Outros diziam ser o amor por quem nos está mais próximo incondicional, familia chegada (pais, irmãos, avós - não havia filhos ainda, eramos muito novos para isso) e amigos, outros ainda ser o amor pelas mulheres (ou homens) da nossa vida incondiconal, por aquelas pessoas que sabemos serem as certas. Também não me convenceu. Amo os meus pais, o meu irmão, os meus avós, os meus amigos (os mais antigos e os menos) e a mulher que julgo, hoje, ser a certa. Mas é um amor que 'depende de condições' e está (estará sempre) longe de ser 'absoluto, total'.
Hoje sei o que é o amor incondicional, faz hoje 21 meses que o sei. É o amor ao meu filho (aos nossos filhos). Um amor que não depende de condições, que não depende de quem ele é ou possa vir a ser, do que faz ou do que possa vir a fazer, não depende de ele me amar ou de ele me odiar, de ele matar ou de ele morrer. Não depende de nada. E é absoluto porque o amo todo, totalmente, em cada ferida na pele, ou em cada ruga nos olhos, em cada sorriso ou em cada choro de birra, em cada descoberta de uma nova forma de chutar a bola colorida, com as figuras do Nemo.
Hoje sei que amar assim é possível, desta forma, e que se a felicidade existir, terá de passar por aqui.
Sei que isto é um pouco lamechas e que não interessa a ninguém, a não ser a mim próprio, mas estou cheio de saudades dele e hoje vou vê-lo outra vez.
Antes de ter sido pai, faz hoje 21 meses, não sabia o significado desta palavra. Ou melhor, sabia, nunca tinha era experienciado o 'absoluto, total' que o dicionário me devolvia. Passo a explicar:
hoje sei o que é o amor incondicional, o que é amar incondicionalmente. Desde sempre que esta expressão me intrigou e, em conversas com amigos e outros nem tanto, alguns me diziam ser o amor por nós próprios incondicional. O único que realmente é puro, sincero e verdadeiro. Não me convenceu. Amar o perfeito e o imperfeito, pensava, mas passo a vida a corrigir-me, a passar borrachas por cima do que faço e sinto, e nem gosto assim tanto da minha imagem no espelho. Amor por mim próprio sim, incondicional não. Outros diziam ser o amor por quem nos está mais próximo incondicional, familia chegada (pais, irmãos, avós - não havia filhos ainda, eramos muito novos para isso) e amigos, outros ainda ser o amor pelas mulheres (ou homens) da nossa vida incondiconal, por aquelas pessoas que sabemos serem as certas. Também não me convenceu. Amo os meus pais, o meu irmão, os meus avós, os meus amigos (os mais antigos e os menos) e a mulher que julgo, hoje, ser a certa. Mas é um amor que 'depende de condições' e está (estará sempre) longe de ser 'absoluto, total'.
Hoje sei o que é o amor incondicional, faz hoje 21 meses que o sei. É o amor ao meu filho (aos nossos filhos). Um amor que não depende de condições, que não depende de quem ele é ou possa vir a ser, do que faz ou do que possa vir a fazer, não depende de ele me amar ou de ele me odiar, de ele matar ou de ele morrer. Não depende de nada. E é absoluto porque o amo todo, totalmente, em cada ferida na pele, ou em cada ruga nos olhos, em cada sorriso ou em cada choro de birra, em cada descoberta de uma nova forma de chutar a bola colorida, com as figuras do Nemo.
Hoje sei que amar assim é possível, desta forma, e que se a felicidade existir, terá de passar por aqui.
Sei que isto é um pouco lamechas e que não interessa a ninguém, a não ser a mim próprio, mas estou cheio de saudades dele e hoje vou vê-lo outra vez.