janeiro 13, 2005

As canetas (3 de 7)

Hoje acordei cedo, tomei banho, vesti-me e saí de casa decidida a entrar na primeira papelaria que encontrasse. Ao fundo da rua existe uma, mas aquela hora ainda estava fechada. Apanhei um autocarro, que me levou ao centro da cidade, onde entrei numa papelaria muito comprida, com os expositores nas paredes e no meio dos corredores, pequenas salas como labirintos, onde se tinha sempre de subir ou descer três degraus. Procurei as canetas, escolhi as de ponta fina, azuis, e trouxe uma caixa de seis, de uma marca alemã.
Comprei também um bloco, pequeno, de capa preta, folhas muito brancas e lisas. Se o entrangeiro não me voltar a pedir uma caneta emprestada, posso sempre escrever no bloco. Enquanto espero pelo almoço.

(continua)